O prefeito Carlin Moura (PCdoB) e a ex-prefeita Marília Campos (PT)
participaram na última sexta-feira (05/04) de evento para celebrar a
inauguração da pedra fundamental da nova sede do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas do Centro
Oeste Mineiro (Setcom). A prefeitura doou, ainda na gestão anterior, um
terreno de 25 mil m² para o sindicato patronal, no bairro Jardim Riacho das
Pedras.
PSTU repudia doação aos patrões
O PSTU repudia de forma categórica a
política da prefeitura de entregar terreno público para a iniciativa privada.
Contagem é uma cidade com forte déficit habitacional, onde boa parte de sua
população é obrigada a pagar aluguéis e que ainda tem considerável contingente
de pessoas em situação de pobreza. Doar 25 mil m² para um sindicato patronal,
composto por mais de 4.000 empresas, que tem plenas condições de adquirir seu
próprio terreno, é doar dinheiro público para os ricos, enquanto os mais pobres
ainda sofrem com a falta de investimentos em habitação. Cabe lembrar que, para
que tenha uma expansão real das FUNECs (principal bandeira da campanha de
Carlin) é preciso superar o regime de coabitação, que muitas vezes é
justificado pelas autoridades sob a alegação de que faltam terrenos públicos
para prédios próprios da fundação.
Nenhum metro quadrado para os patrões! Terreno público é para habitações populares, escolas e hospitais!
Exigimos de Carlin Moura (PCdoB) que faça o possível para cancelar
a doação do terreno e se pronuncie imediatamente contra todo o tipo de
transferência de bens públicos para a iniciativa privada. Empresas de
transporte são altamente lucrativas, e não precisam de ajuda da prefeitura para
ter sede própria. O PSTU defende uma política agressiva para pôr fim ao déficit
habitacional e à carência de serviços públicos da cidade, construindo casas
populares para a população carente e investindo em escolas, CEMEIs, UPAs e
hospitais públicos.
Todo apoio à Ocupação Guarani Kaiowá!
Recentemente, na região do Ressaca, 200 famílias sem-teto ocuparam
um terreno abandonado. Elas batizaram a ocupação de Guarani Kaiowá (em
homenagem à tribo indígena que também luta por suas terras). A política da
prefeitura privilegia os empresários do transporte e deixa os ocupantes a ver
navio, pois não viram ainda suas reivindicações atendidas. Um terreno de 25 mil
m² poderia suprir as necessidades dessas e outras famílias, mas está sendo
usado para agradar os interesses dos ricos empresários do transporte. PT e PCdoB
são os aplicadores dessa política que serve apenas para aumentar as
desigualdades sociais de Contagem. O PSTU se posiciona do outro lado da trincheira,
nosso apoio às famílias é incondicional, e estaremos juntos na luta por uma Contagem
mais justa e igualitária.
0 comentários:
Postar um comentário