segunda-feira, 8 de abril de 2013

Prefeitura doa terreno pros patrões do transporte


O prefeito Carlin Moura (PCdoB) e a ex-prefeita Marília Campos (PT) participaram na última sexta-feira (05/04) de evento para celebrar a inauguração da pedra fundamental da nova sede do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas do Centro Oeste Mineiro (Setcom). A prefeitura doou, ainda na gestão anterior, um terreno de 25 mil m² para o sindicato patronal, no bairro Jardim Riacho das Pedras.


PSTU repudia doação aos patrões


O PSTU repudia de forma categórica a política da prefeitura de entregar terreno público para a iniciativa privada. Contagem é uma cidade com forte déficit habitacional, onde boa parte de sua população é obrigada a pagar aluguéis e que ainda tem considerável contingente de pessoas em situação de pobreza. Doar 25 mil m² para um sindicato patronal, composto por mais de 4.000 empresas, que tem plenas condições de adquirir seu próprio terreno, é doar dinheiro público para os ricos, enquanto os mais pobres ainda sofrem com a falta de investimentos em habitação. Cabe lembrar que, para que tenha uma expansão real das FUNECs (principal bandeira da campanha de Carlin) é preciso superar o regime de coabitação, que muitas vezes é justificado pelas autoridades sob a alegação de que faltam terrenos públicos para prédios próprios da fundação.

Nenhum metro quadrado para os patrões! Terreno público é para habitações populares, escolas e hospitais!



Exigimos de Carlin Moura (PCdoB) que faça o possível para cancelar a doação do terreno e se pronuncie imediatamente contra todo o tipo de transferência de bens públicos para a iniciativa privada. Empresas de transporte são altamente lucrativas, e não precisam de ajuda da prefeitura para ter sede própria. O PSTU defende uma política agressiva para pôr fim ao déficit habitacional e à carência de serviços públicos da cidade, construindo casas populares para a população carente e investindo em escolas, CEMEIs, UPAs e hospitais públicos.

Todo apoio à Ocupação Guarani Kaiowá!



Recentemente, na região do Ressaca, 200 famílias sem-teto ocuparam um terreno abandonado. Elas batizaram a ocupação de Guarani Kaiowá (em homenagem à tribo indígena que também luta por suas terras). A política da prefeitura privilegia os empresários do transporte e deixa os ocupantes a ver navio, pois não viram ainda suas reivindicações atendidas. Um terreno de 25 mil m² poderia suprir as necessidades dessas e outras famílias, mas está sendo usado para agradar os interesses dos ricos empresários do transporte. PT e PCdoB são os aplicadores dessa política que serve apenas para aumentar as desigualdades sociais de Contagem. O PSTU se posiciona do outro lado da trincheira, nosso apoio às famílias é incondicional, e estaremos juntos na luta por uma Contagem mais justa e igualitária.

Postado em 08 de abril de 2013

Viral do Facebook questiona Carlin.


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