terça-feira, 16 de abril de 2013

Fora o imperialismo da península coreana


Nenhum apoio político ao ditador Kim Jong-un



Kim Jong-un, o jovem ditador da Coreia do Norte, ameaçou os Estados Unidos com um Armagedon nuclear na primeira semana de abril, prometendo uma chuva de mísseis no continente americano e nas bases militares no Havaí e Guam. Declarou "estado de guerra" com a Coreia do Sul, anunciou que iria reativar um reator para a produção de plutônio em seu parque nuclear de Yongbyon e impediu gerentes sul-coreanos de entrar no complexo industrial de Kaesong, onde empresas da Coreia do Sul empregam 53 mil norte-coreanos com salários baixíssimos. Tudo isso ocorreu depois que o regime realizou um teste nuclear, o seu terceiro, em 25 de fevereiro, e recebeu novas sanções do Conselho de Segurança da ONU, com o aval de Beijing.

Além disso, as medidas são uma resposta aos exercícios conjuntos das Forças Armadas norte-americana e sul-coreana na região, com o envio de bombardeiros norte-americanos B-2, invisíveis a radar, e caças F-22. Os bombardeiros B-2 podem transportar 16 bombas nucleares de 1100 Kg cada.

Já há tempos que o imperialismo vem movendo forças cada vez maiores para a região Asiática, inclusive em detrimento de outras regiões. Nesse marco, a escalada do conflito levou os EUA a mover dois destróieres com mísseis teleguiados para o Pacífico Ocidental - o USS John S. McCain e o USS Decatur – sob o pretexto de proporcionar uma defesa contra mísseis balísticos norte-coreanos. Ao mesmo tempo, a presidente sul-coreana ParkGeun-hye declarou que "se a Coreia do Norte provocar ou fizer coisas contrárias à paz, temos de ter certeza de que não vai ganhar nada com isso e vai pagar o preço, mas se suas promessas forem mantidas, o Sul fará o mesmo".

Por trás dessas declarações da presidenta, está um fortalecimento qualitativo das forças armadas sul-coreanas, com armas de última geração fornecidas pelo governo Obama, a ponto de aviões ultramodernos ainda não usados pela USAF já estarem cedidos à Coreia do Sul. Ou seja, a Coreia do Sul pode por si mesma destruir o país vizinho.

Esta não é a primeira vez que ocorrem conflitos entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos, secundados por sua semicolônia, a Coreia do Sul. Em 25 de maio de 2009 a Coreia do Norte realizou seu segundo teste nuclear. Imediatamente, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu ao mundo que se "enfrente com a Coreia do Norte". O então Secretário da Defesa norte-americano, Robert Gates, disse que: "Não vamos ficar parados enquanto a Coreia do Norte obtém a capacidade de causar destruição em qualquer alvo na Ásia ou em nós".

Aparentemente, a “movimentação” imperialista neste período não surtiu efeito. Segundo o jornal New York Times, “embora três presidentes sucessivos tenham dito que não iriam tolerar uma Coreia do Norte nuclear, eles foram obrigados a tolerá-la”.

Veja a matéria completa no site da LIT-QI (Liga Internacional dos Trabalhadores - Quarta Internacional)

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