A
proposta do presidente da Câmara dos Vereadores de Contagem, Gil
Antônio Diniz (Teteco), de ampliar os benefícios especiais dos
funcionários do alto escalão da casa para 100% do salário causou
revolta na população de Contagem. Apesar de ter sido aprovada quase
por unanimidade entre os vereadores, o PSTU optou por mobilizar os
trabalhadores da cidade exigindo que o Prefeito Carlin vetasse o
projeto de lei.
A
campanha “Veta, Carlin” foi recebida com grande simpatia nas
redes sociais e divulgada na imprensa local. Uma manifestação
convocada pelo PSTU foi realizada na Câmara, com cartazes e faixas
contra a escolha dos vereadores da cidade. Um ato pequeno, exatamente
por que o povo trabalhador não consegue acompanhar as sessões da
Câmara nas manhãs de terça-feira, mas que representava a
indignação de milhares de contagenses que se cansaram de ver os
recursos públicos desviados para super-salários e super-benefícios
muito distantes da realidade dos moradores da cidade.
Apesar
do silêncio do prefeito e seu partido durante a campanha “Veta,
Carlin”, o prefeito acabou por atender ao clamor popular e vetar a
parte da proposta que previa esse aumento.
Quem
derrotou o aumento?
O veto
do aumento foi uma pequena vitória da luta contra os privilégios
dos políticos, mas não podemos nos confundir sobre quem derrotou o
aumento. Carlin Moura é apoiado pelo presidente da Câmara, o PMDB
foi seu principal aliado na campanha eleitoral, nenhum dos vereadores
que votaram na proposta se colocam enquanto oposição a ele, e
também a prefeitura pratica super-salários. Se Carlin atendeu aos
apelos do povo e vetou esses aumentos isso se deve única e
exclusivamente por um cálculo político, por não querer comprar o
desgaste de sancionar uma lei rejeitada pelo povo.
Quem
derrotou o aumento foi a consciência política dos trabalhadores de
Contagem que, de forma indireta, pressionou o prefeito a uma posição
que ele não queria. Tanto é verdade que, ao retornar para a Câmara
com o veto do prefeito, os próprios vereadores parecem ter se
arrependido de seu voto e aprovaram a proposta sem o aumento do
benefício. Só um inocente pode acreditar que existe arrependimento
de verdade por parte desses políticos. Tudo não passa de evitar
comprar mais desgaste por tão pouco.
A
Prefeitura de Contagem também pratica super-salários
O PCdoB
se vangloria de que seu prefeito vetou os aumentos do alto escalão
da Câmara. Porém, a verdade é que a prefeitura pratica de forma
generalizada o pagamento de super-salários. Um secretário de
governo, cargo de confiança do próprio prefeito, ganha R$ 15 mil por mês, e o secretário adjunto recebe a bagatela de R$ 10.000
reais. Isso sem falar no salário do próprio Carlin Moura (R$
22.000) e nos incontáveis cargos de confiança que se espalham pela
administração.
É
preciso moralizar a administração pública reduzindo esses
super-salários para níveis compatíveis com os dos trabalhadores da
cidade. Como regra, nenhum político deveria receber mais que um
operário ou que um professor. O cargo político deveria ser um fardo
carregado por ideologia e pela vontade de melhorar, e não um
privilégio que significasse a melhoria material da vida dos
políticos.
Prefeito
Carlin, chegou a hora de acabar com a farra do executivo
Como
dizia um dos cartazes dos manifestantes na Câmara “salário de R$
17 mil também é corrupção”. Em uma cidade onde o povo ganha tão
pouco, onde os servidores são tão mal remunerados, onde os serviços
públicos são precários, é uma afronta que os salários dos cargos
de confiança do executivo sejam tão altos.
Exigimos
do Prefeito Carlin que acabe imediatamente com os altos salários na
Prefeitura, que os secretários e outros comissionados ganhem o
salário médio do povo de Contagem, que o próprio prefeito abra mão
de salário tão absurdo e que seja diminuído o número de cargos
comissionados do poder executivo municipal.
-
Prefeito Carlin, acabe com a farra do executivo!
- Fim de todos
os super-salários do poder municipal!
- Salário médio dos
trabalhadores de Contagem para todos os cargos políticos! Nenhum
político deve custar mais que um professor!
- Mais verbas para
saúde e educação!
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