sexta-feira, 7 de junho de 2013

TURQUIA: Partido irmão do PSTU intervém nas mobilizações

Militantes da seção turca da LIT-QI intervém no conflito em várias cidades do país



Como resultado da opressão generalizada do governo, que ganhou um caráter fascista, uma rebelião ocorreu em todo o país. O governo queria demolir um parque em Istambul, a fim de construir um shopping, e reprimiu com a polícia uma manifestação e ocupação pacíficas no dia 28 de maio. A repressão iniciou-se às 5h da manhã e continuou durante todo o dia, transformando-se depois em uma rebelião popular. As pessoas que aderiram à revolta instintivamente, e encheram as ruas. Houve conflitos violentos em Istambul, Ankara, Izmir e em todo o país, até mesmo em aldeias.
A principal razão por trás da rebelião é o fato do governo do AKP ser um fantoche do imperialismo e querer forçar as pessoas a acatá-lo com uma atitude opressiva e depreciativa. Ele ditou leis antisseculares, incentiva grupos islâmicos fascistas na Turquia, ataca os Alauítas, etc. Agora existem várias manifestações de rua, a rebelião que se desenvolveu de forma espontânea contra as anteriores políticas opressoras da ditadura do capital tem um caráter democrático. Foram as organizações de esquerda que demonstraram determinação para continuar a resistência em 31 de maio, e que lideraram os protestos.
Os militantes da LIT-QI (Movimento RED, a sua seção turca) estavam envolvidos nos conflitos desde o primeiro dia do protesto e se entrincheiraram nas barricadas. As barricadas começaram a ser construídas na Praça Taksim por volta do meio-dia com a participação popular. Embora os ataques da polícia fossem duros, milhares de pessoas resistiram até a manhã seguinte.
Sábado (1º de junho) à tarde, a polícia não conseguiu reprimir a rebelião e teve que se retirar completamente da praça, e os manifestantes a ocuparam. Os militantes da LIT-QI estavam entre os primeiros que entraram na Praça Taksim. Dois militantes da LIT-QI ficaram gravemente feridos durante as lutas. Ambos foram alvos de granadas de gás lacrimogêneo que as atingiram. Alguns outros também ficaram levemente feridos. 1.000 pessoas foram detidas e outras 1.000 ficaram feridas. Como é mostrado pelos vídeos, a polícia joga bombas de gás lacrimogêneo em casas e em barcos que se aproximavam do cais, dirigem seus veículos blindados sobre as pessoas e impiedosamente pontam canhões de água contra os manifestantes. Os manifestantes capturados nas ruas estão sendo torturados.
Os conflitos violentos continuam em Ancara, Esmirna e Adana, e até mesmo nas cidades conservadoras, onde o governo acumula uma alta porcentagem de votos, como Kayseri, Niğde, Kırıkkale e Erzurum. A população de Konya juntou-se aos protestos. Os militantes da LIT-QI estão efetivamente envolvidos na rebelião em todas as cidades em que vivem, principalmente em Istambul, Izmir, Ankara, Antalya, Sakarya, Adana e Bursa.
Atualmente, a rebelião não tem um claro caráter operário, a classe média e a pequena burguesia urbana são predominantes. As pessoas aprendem a se organizar e esta é a primeira vez na história da Turquia em que estamos vivendo uma enorme resistência ativa, e onde o governo é abertamente contestado. Há participações de todos os grupos de trabalhadores. O maior sindicato de esquerda do país, que organiza trabalhadores públicos, o Kesk, decidiu entrar em greve. Sindicatos operários também estão discutindo sua adesão. No entanto, a fraqueza da esquerda e a falta de uma liderança revolucionária ainda estão fortemente presentes.
Além disso, o primeiro-ministro do governo fascista opressor, Tayyip Erdogan, deixou o país para visitar o rei marroquino, que é como ele. Mesmo que ele tenha exibido arrogância e insultado os manifestantes, a cor de seu rosto mostrou seus verdadeiros sentimentos.
Apesar de seu poder limitado, seção da LIT-QI (Movimento RED) teve um grande impacto, e está determinada a manter e continuar a mobilização. Estes são nossas palavras de ordem hoje:
• O governo deve demitir-se.
• O algoz, a polícia assassina, inimiga do povo, deve ser chamada a prestar contas, em conjunto com as autoridades, que a jogaram contra o povo.
• Vamos nos organizar para proteger as ruas.
• As barricadas estão erguidas, agora é hora de ir à greve!
• Barricada! Greve! Revolução!

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