terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Seguem as manifestações, o povo quer a redução das passagens!



Nesta última sexta-feira, dia 09, mais um ato foi realizado em Belo Horizonte e em várias outras capitais contra o aumento exorbitante das passagens. A manifestação que contou com cerca de mais de mil pessoas em BH foi mais uma demonstração de como a questão do transporte público tem afetado cotidianamente a vida da população. E os grandes aumentos anuais atingem principalmente os trabalhadores e estudantes que moram em regiões periféricas e necessitam pegar até mais 4 lotações por dia. O “reajuste da tarifa” faz com que as linhas metropolitanas possam chegar até o valor de 8,10. As ações realizadas pelos movimentos sociais contam também com o apoio dos trabalhadores do transporte que trabalham em péssimas condições, recebendo um salário de miséria. Essa aliança é muito importante visto que as empresas de ônibus tentam justamente colocar este setor em oposição a demanda de redução da tarifa através da falaciosa contraposição do aumento em detrimento do reajuste salarial.

Sem acesso ao direito de transporte público, gratuito e de qualidade a população também fica restrita a outros direitos como saúde, educação e lazer. Perdemos o direito de ir e vir. Um desempregado por exemplo que não consegue sequer sair de casa para procurar emprego continuará na mesma situação. Além disso, é importante relembrar que a luta por um transporte público, gratuito e de qualidade vai além do valor da tarifa. O transporte é um direito constitucional e deveria ser pago com os impostos arrecadados pelos governos. Mas a falta de prioridade a essa garantia e a responsabilidade com os grandes lucros das empresas faz com que mais esse direito seja vendido. As empresas por sua vez, para lucrarem mais não garantem a qualidade necessária. São ônibus lotados, baixa frota, como de madrugada. Situação que afeta principalmente as mulheres que precisam pegar os ônibus e são obrigadas a conviver com a falta de segurança no transporte e alto nível de assédios.

Esse aumento foi realizado com aval do antigo governo de Minas, Anastásia, e o nosso prefeito Lacerda numa grande sacada deram um presente de fim de ano às empresas. Isso só acontece porque esses governos estão totalmente aliciados às empresas que financiam suas campanhas, como às do transporte. Por isso, exigimos do governo Pimentel que revogue o aumento exorbitante e que cumpra com sua promessa de bilhete único na região metropolitana. É um absurdo que os governos vendam nosso direito ao transporte.

Em várias capitais estão ocorrendo atos de rua. E em algumas delas o estado tem reprimido brutalmente as manifestações, como ocorreu em São Paulo. Mas a vitória na luta contra o aumento do preço da passagem só pode vir das ruas. Por isso, continuam as manifestações, neste dia 16 chamamos a todos para participarem do ato contra a tarifa em Belo Horizonte, às 17 horas na praça sete. A luta segue até conseguirmos transporte público, gratuito e de qualidade.

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