segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Por Uma Educação Integral de Verdade

Por uma Educação Integral de Verdade

Artigo de Gustavo Olimpio



Muito se tem falado sobre a educação integral em Contagem e no país, mas é preciso discutir a fundo o que é esta proposta. A educação integral é a melhor forma para que possamos de fato oferecer uma educação escolar de qualidade e completa. Porém, há uma deturpação na forma como os governos tratam o tema, e isto não só em Contagem.

A educação integral deveria ser oferecida dentro do espaço escolar ligada aos conteúdos pedagógicos oferecidos pela escola. Isto significaria que o estudante ficaria integralmente na escola, onde receberia almoço, lanche, teria espaço para lazer e receber não somente a educação escolar, mas também a educação para o trabalho.

O governo Marilia (PT), implantou a “escola integral” e também outros projetos como o “Mais Educação” não no contexto de oferecer uma escola verdadeiramente integral, mas de fazer um programa eleitoreiro, com a intenção de dar uma breve resposta à sociedade. Isto por que eles enxergam na educação apenas um programa de governo e não uma politica educacional de verdade, que visa oferecer uma escola de qualidade. Em Contagem é esta a lógica. E isto explica por que os trabalhadores da Escola Integral não são de fato concursados, são contratos precários em sua maioria e não têm nenhuma garantia de emprego, explica por que estes trabalhadores são jogados para lá e para cá de acordo com as vontades do governo de plantão.

O governo do PCdoB de Carlin Moura e da secretária de educação Ana Prestes não irá mudar esta lógica. Manterá o mesmo legado deixado pelo PT, isto é, tratar a educação como um mero programa. Não podemos aceitar isto.

Mesmo com toda a precarização, com todas as dificuldades, os 180 trabalhadores que estão na Escola Integral hoje tentam nadar contra a corrente e oferecer um serviço de qualidade para a cidade, o que é muito difícil!
Temos que lutar para que se possa oferecer uma Escola Integral de verdade em nossa cidade, que possa oferecer um ensino de qualidade aos 60 mil alunos matriculados na rede municipal de Contagem. E isto significa que a escola integral deve deixar de ser um programa e passar a ser uma politica de educação para o município, que ela esteja colada as políticas pedagógicas de cada escola, com profissionais concursados e oferecida dentro de cada unidade escolar e não na forma como é oferecida hoje.

Não podemos defender o programa da forma como está e muito menos aceitar o que Carlin quer fazer. Temos que avançar Um governo que realmente queira implementar uma Escola Integral de Qualidade deve começar com as seguintes medidas:

- Fim dos contratos precários e realização de concurso público.
- Vinculação da educação integral com o espaço escolar e o projeto politico e pedagógico da Escola.
- 30 % dos recursos municipais para a educação básica pública.



Enquanto não evoluirmos para uma política educacional de verdade implementando como primeiro passo essas três medidas a educação integral seguirá sendo apenas uma promessa da campanha dos prefeitos.

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